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Dicas de Escrita

Sobre o processo de escrever

Escrever é curioso. Nos leva para novos horizontes o tempo inteiro. Quando eu começo a dizer algo, acabo por dizer outra coisa. E assim por diante. Num instante, as ideias divagam, mudam, e a escrita se torna sobre algo qualquer.

Os pensamentos são múltiplos e qualquer coisa pode nos bastar, num primeiro momento. Então, reconhecemos a vontade de escrever, o impulso pela escrita. De repente, me vem à cabeça: sobre o que quero escrever? E, além disso, eu posso também refletir sobre o que mais gosto de ler, quais os gêneros que mais me interessam.

É notável que desejamos um bom texto. Para isso, é preciso exercitar a forma como escrevo, o que pretendo mostrar e para qual público destino o que vou escrever. É preciso clarear as ideias, como um feixe de luz capaz de iluminar uma pequena parte. Ao abrirmos a janela da imaginação, permitimos que esta luz irradie sobre o todo.

Nesse processo, é comum pararmos de escrever, deixar de lado. Assim como a gente faz com as ideias mesmo, com aquilo que vem e vai tão fácil e perdidamente cruel. Então por que a gente se presta a escrever? Para onde vão os nossos pensamentos sobre o que antes nos dedicamos a expressar?

Uma vez que um texto é escrito, não nos pertence mais. É uma viagem sem volta. Podemos acompanhá-lo de perto, com nossos olhares aguçados e repletos de curiosidade, observando a sua partida. De certa forma, vemos no texto o esqueleto da escrita, cujas palavras se parecem como órgãos em plena formação. É na leitura das frases que circula o elemento vital do texto, sua coesão e concordância, como veias pulsando sentido.

As palavras, tanto escritas quanto faladas, estão aí. Habitam o todo. Transbordam e transcendem. Elas saem do papel para as nossas cabeças e corações; falam da boca pra fora e caem em nossas mãos. Assim, nossos dedos se apropriam delas para então residirem nas páginas de um livro ou nas telas da virtualidade.

Estamos à mercê da escrita. Somos os seus escravos e senhores. Somos a sua ferramenta voraz de acesso ao mundo e o seu interlocutor. Através de nós, a escrita se faz presente, se materializa, se torna real e tangível. Através da escrita, nos tornamos mais autênticos, sensíveis, criativos e humanos. Nos tornamos quem realmente somos e/ou queremos ser.

Sabe-se lá o que vou escrever nas próximas linhas, pois o que importa é essencialmente o fluxo livre das ideias. É isso: deixe fluir, somente aprecie; o rio das palavras vai correndo sozinho. Quem sabe pescamos alguma? Ou podemos fazer disso uma saborosa sopa de letrinhas também.


Luiza Alves é psicóloga e musicista. Aprecia a escrita desde a adolescência e segue desenvolvendo seu lado criativo. Trabalha com a composição de suas próprias músicas e une os saberes da psicologia na construção e exercício da escrita. É aluna do Curso Online de Formação de Escritores.

Luiza Alves

 

 

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