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Dicas de Escrita

Desenvolvendo seu estilo próprio – o compromisso com você mesmo

Seus conhecimentos, seus valores, suas paixões, interesses, desejos, medos, esperanças, sonhos, intenções, memórias, triunfos e fracassos estão sempre presentes, de uma forma ou de outra, em tudo que você escreve. Essas suas experiências, com os significados que você deu a elas, constituem a base da sua voz de escritor, que é, em última análise, a maneira, o modo como você expressa a sua percepção sobre o mundo, enquanto parte para a criação dos seus textos.

A pessoa que tem a escrita como foco, não nasce com a voz de escritor. Ela desenvolve esta voz e a refina cada vez que transforma seus pensamentos em palavras e frases. Dependendo da história e dos personagens criados, a voz do escritor vai se mostrar coloquial ou culta, irônica ou compassiva, desafiadora ou inconstante, sóbria ou astuta, simples ou rebuscada. Uma única voz, um só estilo, mas que, necessariamente, se modifica e se multiplica por força da história que narra e dos personagens que a fazem acontecer.

Uma relação entre autor – que se encontra do lado de cá, e o leitor – que o lê do lado de lá, se estabelece quando ambos encontram algum interesse em comum. Seus textos criados são momentos e espaços de encontro e relacionamento entre a sua escrita e a leitura do outro.

Se você se dedica a escrever com sinceridade, deve procurar saber quem você é – espirituoso, brincalhão, sério, introvertido, simpático, descuidado – e se permitir, de vez em quando, ser quem você não é. E talvez, quem não gostaria de ser em momento algum. Isto na sua vida real. Por isso, a mudança de uma forma de ser para outra parece extremamente difícil.

Mas quantas vezes você se recriou como pessoa para escrever algo que lhe foi imposto. Na escola, na universidade, no trabalho. Algumas vezes você escreveu textos defendendo ideias contrárias às suas; usou argumentos com os quais você não concordava; optou por ações inimagináveis e fora do seu habitual. Você fez isso por escolha e por paixão? Ou por dever? Então é capaz de transformar-se temporariamente naquilo que mais lhe assusta, ou lhe irrita, ou confunde, ou desagrada, ou lhe ameaça. Neste instante em que a escrita pede, através do seu imaginário – este imaginário que lhe faz um bem enorme.

“Se você é um escritor, ou deseja se aperfeiçoar como um bom escritor, existem duas coisas a fazer, acima de todas as outras – ler muito e escrever muito. Sobre o que você vai escrever? Sobre o que você quiser. Qualquer coisa...desde que você conte a verdade que há dentro de você. Não há como fugir dessas duas coisas, não há atalho” . É referência de Stephen King, sobre a escrita.

Quanto aos temas ou assuntos a escolher, poderão ser desde os mais desinteressantes até os mais obscuros. É você que fará deles o grande tema, a grande sacada. Só precisará adequar sua voz a um e ao outro, encontrar a melhor forma de transformar suas ideias em palavras e frases que tragam originalidade ao assunto, mesmo que banal. Você pode transformar sua voz, reinventar, imitar ou debochar de outras vozes.

Nada dessa coisa dúbia vai aparecer enquanto você escreve. Tampouco enquanto o leitor o lê. Um escritor habilidoso consegue tornar a estrutura da sua história invisível. Chamamos estrutura toda a técnica empregada na construção do texto, inclusive as transformações da tão badalada voz de escritor. Para tanto, é necessário muito treino de escrita. Isto inclui ler muito outros escritores, escrever muito e escrever sempre.

Jacira Fagundes

 

 

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